"Eu faço parto. Fiz o curso dado por Deus." Era assim que Da Glória justificava sua aptidão para o ofício de parteira."

No começo ela mesma duvidava de sua coragem, mas aos 20 realizou sozinha o primeiro parto de um dos seus muitos filhos de pegação - aqueles que não são de sangue, mas foram ajudados a vir ao mundo por ela.

O aprendizado veio de berço: influência dos ensinamentos de sua bisavó que atravessaram gerações, passando pela avó e mãe, até chegar em Da Glória, todas parteiras.

Casada com João Grande, o pescador festeiro, os dois viveram na casinha do Quadrado que hoje sedia nossa pousada, e que toca adiante outro legado deixado por suas mãos: a feijoada Da Glória, servida aos domingos na Casa da Glória.

Fonte: "Nativos e Biribandos - Memórias de Trancoso!